
São Paulo: de volta ao centro!
O começo de tudo
O centro de São Paulo já teve sua fase áurea, até aproximadamente a segunda metade do século XX. Foi lá que a cidade começou, em 1554, no Pátio do Colégio. E manteve sua relevância até meados dos anos 1970, quando os principais bancos e escritórios que lá operavam mudaram-se para outros distritos, devido à má administração e deterioração do local.
Assim, o centro ganhou fama de ser uma área mal cuidada e perigosa, e muitos passaram a evitar o local. O movimento contrário, de revitalização do centro, teve início nos anos 1990. Com o objetivo de trazer o centro de volta aos paulistanos, como uma opção de área para lazer e passeios, devolvendo sua importância turística, cultural, econômica e social. E não é difícil encontrar coisas interessantes para se fazer por lá, todas com baixo custo ou gratuitas.
O centro foi, em seu início, área onde os principais bancos se instalaram, como as agências da Caixa Econômica e Banco do Brasil, assim como os extintos Banco São Paulo e Banespa; todos em prédios suntuosos, de arquitetura imponente e feita com materiais rebuscados, como o mármore.
Hoje em dia
Atualmente, alguns funcionam como centros culturais, como o CCBB e a Caixa Cultural. Ambos têm entrada gratuita e sempre têm exposições em andamento, principalmente de fotografia e arte contemporânea. O Edifício Altino Arantes, popularmente conhecido como “Prédio do Banespa”, é aberto para visitas ao seu topo, com uma vista em 360° da cidade. Também é grátis e funciona de segunda a sexta, das 10h às 15h.
Outro famoso prédio que hoje abriga um centro cultural é o Palácio dos Correios, no Vale do Anhagabaú. Antiga Agência Central dos Correios e Telégrafos, é um edifício tombado pelo patrimônio histórico. E, mesmo mantendo sua função original no subsolo, no seu andar principal tem exposições de fotografia, e uma exposição permanente sobre a construção do prédio, com entrada gratuita.
O Teatro Municipal, reaberto após três anos fechado para sua restauração, completou 100 anos em 2011. O prédio é projetado por Ramos de Azevedo, arquiteto paulistano responsável também por outras obras importantes na cidade, como a Casa das Rosas. E conta com uma programação voltada para óperas e apresentações de dança. Os ingressos mais baratos custam em média R$15 (inteira), mas é bom comprar com antecedência.
Para fechar o passeio, um lanche ou petisco no Mercado Municipal. O Mercadão, como é carinhosamente chamado, é ponto de parada obrigatório para quem transita pelo centro. Com variadas opções de frutas, queijos, peixes, temperos e artigos utilitários, os vendedores sempre oferecem pedaços de fruta a quem está passando, principalmente as mais exóticas. No mezanino há também bares e restaurantes, onde vende os famosos pastel de bacalhau e sanduíche de mortadela, clássicos da cidade.