A fogueira está queimando e o balão está subindo!

Daqui a dois dias é dia de São João, o santo mais festeiro do calendário cristão. As festas juninas estão a todo vapor por todo o país, especialmente porque este ano a data cai num delicioso domingo. Ou seja, não há desculpas para não comemorar!

O céu é tão lindo e a noite é tão boa

A popular fogueira simboliza a proteção e é um dos principais símbolos da festa junina. Tudo acontece ao redor dela, que serve para aquecer e iluminar. Também é uma homenagem aos três santos celebrados no mês de junho (Santo Antonio, São João e São Pedro).

Em volta da fogueira também acontecem as animadas quadrilhas, que reúnem os festeiros e é um dos momentos centrais da festa. Com origem em uma dança popular realizada por camponeses europeus durante a Idade Média, foi trazida ao país no século 19 e se fundiu com nossa cultural local. Os personagens representam algumas das principais figuras da sociedade rural, como o padre, delegado, sacristão, pais dos noivos etc. Quem puxa a quadrilha são os noivos, e o ápice da dança é a celebração do casamento fictício.

Os balões, que já foram extremamente populares, mas estão cada vez mais raros devido ao perigo de incêndio e às leis restritivas. Por isso, hoje em dia aparecem como elementos decorativos do cenário. Falando em decoração, as singelas bandeirinhas feitas de papel e amarradas com barbante continuam sendo um dos itens indispensáveis; enchem de cor e alegria qualquer espaço. Os fogos de artifício, de acordo com a tradição, servem para despertar São João.

Tábua de tiro ao “Álvaro”

Tão popular quanto a fogueira e a quadrilha são as brincadeiras típicas das festas juninas. Todo mundo pode voltar a ser criança e se divertir com o pau de sebo, as barracas com jogos e o correio elegante. Num mundo cercado de tecnologia, celulares inteligentes, tablets e câmeras profissionais para registrar tudo, é um respiro ver uma festa recheada de brincadeiras à moda antiga, lúdicas e “analógicas”.

Entre os passatempos mais populares estão a pescaria, a corrida do saco, tiro ao alvo, bingo, jogo das argolas. Todos com um singelo brinde para os vencedores.

Pula a fogueira Iaiá, pula a fogueira Ioiô!

As festas juninas são, na sua essência, multiculturais, e suas tradições variam em cada canto do país. No Sudeste são chamadas de quermesses – realizadas principalmente por igrejas, colégios e empresas; têm quadrilha, quitutes e brincadeiras típicas, além da fogueira. No Sul, o rei da festa é o pinhão. No Centro-Oeste não pode faltar pamonha; e no Norte tem que ter biju e tapioca.

Já no Nordeste o arraial tem forte expressão e ganha proporções gigantescas, quase um carnaval fora de época: os estilos musicais mais populares são o forró, o baião e o xote; e entre os quitutes não podem faltar iguarias regionais, como charque, cuscuz e bolinhos de jenipapo. As festas têm longa duração e costumam se estender por fins de semana inteiros, principalmente no interior.

E traje “caipira” é obrigatório – afinal, tem que cair na festa de corpo e alma!

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